Patrões fora, dia santo na loja

Homens fora de casa.
Batata-frita-pequena no campo com a avó.
Batata-frita-pai em viagem.
Eu e batata-frita-baby sozinhas.
E o que é que duas mulheres fazem quando estão sozinhas? Vão comprar sapatos, lógicoooo!
Eu detesto, mas rendi-me aos crocs. Para miúdos é do melhor.

NOTA: ela bate-me aos pontos. Fica histérica com sapatos em geral, quer calçar e trazer tudo.
É capaz de ser boa ideia ir amealhando para o futuro...

o que uma sala de espera pode fazer por uma pessoa


Se és jovem, gostas de meter ferro anonimamente em blogs alheios e não só, ou se és estupido só porque sim... tenho boas notícias para ti!
Agora há revistas igualmente estúpidas, que pensam no teu bem-estar. Ora vê!

Mas espera... afinal ainda há esperança. Valem as receitas da última página!

Uma sala de espera com revistas à mão de semear pode provocar sentimentos tão opostos numa pessoa.

fui à Corrida do Tejo e sobrevivi

Que calooooor!
Nunca imaginei que ía estar tanto calor, na verdade acho que ainda não voltei à minha temperatura normal, mas não liguem que eu sou assim, cheia de afrontamentos.
Adiante, que loucura de ambiente, adoro! Fujo de multidões, mas deste tipo de povão eu gosto!
A minha parte preferida é o início, quando está o povo todo junto e se dá a partida. Todos começam a correr devagarinho, que no início está tudo juntinho e só mais para a frente é que se começa a dispersar.
Gosto da adrenalina desse momento e de pensar que desta é que é, que me vou superar.
O final também é bom, em que já me estou a arrastar, mas ao ver a meta a poucos metros arranjo forças para fazer um sprint.
Em 1:03h fui de Algés a Carcavelos.
Tive calor, despejei duas garrafas de água pelas costas. Também tentei beber, mas entrou-me pelo nariz (esta parte não foi bonita).
Fiquei com a língua de fora nas subidas. Uma pessoa não percebe quando vai de carro ou de comboio, mas este trajecto tem umas subidinhas manhosas, que saem do pêlo.
Só tive pena de não haver uma buzinadela ou coisa que o valha na partida, para dar aquele power que uma pessoa precisa, mas enfim, a organização foi óptima em muitas outras coisas.
Ah! Também achei mal não ter direito a maçã no final, mas pronto.
Para o ano, espero, lá estarei outra vez!

largar a correr

De há uns meses para cá que tenho andado uma grande baldas nos treinos com o PT sádico, essa bela criatura do Demo.
Mas também não ando hibernada. Voltei a uma antiga paixão: as corridas.
Gosto de correr há anos, mas tive muitas pausas. De há um ano para cá que voltei timidamente, sendo que no início deste ano baixou em mim a vontade de fazer uma mini-maratona de 10 km.
Fui treinando nesse sentido e em Junho estive no Bes Run e foi aí que percebi como é giro e estimulante participar em corridas de grupo. O espírito é qualquer coisa, não tem nada a ver com correr sozinha.
A Marginal à Noite (também em Junho), que tooooda a gente já conhecia menos eu, tem um ambiente potentíssimo. Muito povo, mas um grande ambiente. É giro porque: é à noite; já está um tempo fixola; corre-se na estrada (e eu adoro correr em estradas).
A Corrida Unicef, em Julho, foi muito dura. Subidas e descidas nos túneis do Campo Grande e Entrecampos íam-me matando, fora a chuva torrencial que encharcou toda a gente até às cuecas. Mas sobrevivi.
No Domingo é a Corrida do Tejo, que eu já conheço há muito tempo e que todos os anos dizia "um dia vou ser eu". E este Domingo Vou ser eu.

Há uns tempos ouvi alguém agastado com isto de correr. Que é uma moda e que agora toda a gente se lembrou de correr.
Eu cá acho que há modas estúpidas e outras espetaculares.
E esta é espetacular. Faz bem. É barata.
Para quem gostava, mas tem o rabo colado ao sofá preguiça, ter a iniciativa é o que custa mais. Mas depois de começar é só somar kilómetros e o que não se consegue hoje, consegue-se amanhã e no outro dia e no outro.
Não tem só a ver com emagrecer. É uma questão de mobilidade, de saúde, de atingir objectivos que parecem insuperáveis.
Na verdade, cada um move-se por coisas diferentes nisto de correr.
O que interessa é largar a correr, pá!


ter dois filhos tão diferentes

Ela é "cheguei e vim para ficar".
Circula pela casa e entretém-se por breves minutos sozinha ou a melgar o irmão.
No parque, alucina com o escorrega e com o baloiço. Tenta trepar sozinha pelo escorrega acima. Se por acaso alguém lhe passa à frente ou a chateia, ela empurra.
Se ouve música, começa logo a abanar-se e vai puxar o irmão para dançar com ela. É uma festeira. Não percebo a quem é que sai. Juro.
Se um adulto lhe dá uma ordem, ela refila.
É uma alucinada, sedutora, doida varrida.

Ele é "cheguei, mas façam de conta que não estou aqui".
No primeiro ano e meio de vida não me largou a saia. Era impossível cozinhar ou mexer-me. Tinha-o sempre agarrado às minhas pernas e chorava se eu virava costas.
No parque, até se aventurar no escorrega foi uma sorte. Se por acaso alguém lhe passava à frente ou o pisava, amuava e olhava para mim em desespero.
Observa, calmo e ponderado, a agitação. Não gosta de dançar, nunca gostou e fica atrapalhado.
Se um adulto lhe dá uma ordem, ele cumpre na maior parte das vezes.
É sensível, meigo, responsável.